Domingo, 23 de novembro de 2024
Justiça no Interior

“Precisamos virar o mapa da injustiça”, afirma defensor-geral da Bahia

Foto: Reprodução/Defensoria Pública da Bahia

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea, em parceria com a Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos – Anadep, publicou um levantamento sobre as Defensorias Públicas em todo Brasil. O II Mapa das Defensorias Públicas Estaduais e Distrital no país, que traz detalhes sobre as defensorias em todo território nacional, é chamado de “Mapa da Injustiça” pelo defensor público geral da Bahia, Rafson Saraiva Ximenes.

Em entrevista ao site da Defensoria Pública do Estado da Bahia, o defensor afirma que vê o documento como uma grande oportunidade de entender o tamanho do buraco causado pela falta de acesso à Justiça, além de uma chance de se conhecer quais os locais exatos em que ela não chega para os mais pobres.

Pergunta: Por que o senhor chama o “Mapa das Defensorias” de “Mapa da Injustiça”?

Rafson Ximenes: O que esse mapa revela, mais do que dizer onde a Defensoria Pública está instalada, é onde a injustiça impera. E por que isso? Porque, quando se fala em regime democrático, parte-se do pressuposto de que todas as pessoas têm direito ao acesso à Justiça, com qualidade; todas as pessoas têm direito a se defender e todas as pessoas têm direito também de atuar ativamente para que essa justiça [seja feita]. Acontece que o Brasil é um país em que a população em situação de pobreza é maioria em todas as cidades. E são pessoas que, sem a assistência da Defensoria, vão ficar completamente impedidas de exercerem a cidadania ou severamente limitadas nesse exercício – quantitativamente e qualitativamente falando. Então, esse mapa acaba pintando quais são os locais onde há mais injustiças, onde o povo está indefeso contra os abusos dos poderosos. Por isso, podemos chamá-lo de Mapa da Injustiça. Precisamos virar esse mapa.

P: É um problema nacional? Por que o senhor acha que as Defensorias Públicas estão atrás de outros entes da Justiça quando se trata de investimentos?

Rafson Ximenes: É um problema nacional, sim, mas é um problema particularmente grave na Bahia. Avançamos muito nos últimos anos, mas a Bahia é um estado com dimensões continentais, em que a população em situação de pobreza é muito grande – o próprio Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada dimensiona que são 11,6 milhões de baianos que precisam do serviço da Defensoria – uma população que é estimada em 15 milhões, então é praticamente a população inteira. Isso revela um grau de injustiça que existe na Bahia. E quando pensamos no porquê as Defensorias Públicas estão atrás de outras entes da Justiça, eu não tenho dúvidas que se trata de um histórico preconceito contra a população mais pobre. É o histórico sentimento de que a população mais pobre deve se conformar em não ter direitos ou ter serviços de baixa qualidade. Isso é histórico, vem desde o período da escravidão, da abolição da escravidão e que continua imperando até hoje. Infelizmente, a população em situação de pobreza é vista como inimiga do Estado.

P: Recentemente, um pré-candidato à presidência da república disse que “o caminho para superar a crise é colocar o pobre no orçamento”. Um outro pré-candidato o acusou de copiar as ideias dele. Independente dessa disputa, diante das suas ideias inclusivas em relação aos vulnerabilizados, o senhor concorda com os dois políticos?

Rafson Ximenes: Concordo que o pobre precisa estar no orçamento! Só que colocar o pobre no orçamento, quando falamos sobre o Sistema de Justiça, significa investir na Defensoria Pública. E o fato é que o Brasil é extremamente devedor nesse campo porque após mais de 300 anos de escravidão, e mais de 130 anos da abolição da escravidão, a gente continua achando natural que uma Instituição que vai acusar pessoas pobres, ou uma instituição que vai julgar pessoas pobres, tenha recursos muito maiores do que a Instituição que vai defender essas pessoas pobres. A gente continua achando utopia, ou às vezes até ofensa, alguém dizer que a Defensoria Pública precisa de mais orçamento para chegar em mais cidades. Ou ainda se sair com justificativas extremamente equivocadas de que “aquela cidade não tem Defensoria, mas tem uma faculdade que oferece um serviço prestado por estudantes”. Não supre. Com todo o respeito aos serviços de advocacia gratuita e voluntária, que fazem um papel importante, sim, em um estágio de calamidade como esse em que o país vive em relação à assistência jurídica – mas respeitar a dignidade da pessoa em situação de pobreza significa dizer que ela não pode depender de favor, caridade ou altruísmo. Ela merece ser atendida de forma profissional, por pessoas que têm nesse serviço a sua atividade principal, exatamente como acontece com as pessoas de classe média ou alta. Ela tem direito que os seus pleitos, se forem recusados pelo juiz da cidade, sejam levados para o Tribunal de Justiça. E que se forem recusados pelo Tribunal de Justiça, sejam levados para o Superior Tribunal de Justiça – STJ ou o Supremo Tribunal Federal – STF. Tem direito a que os problemas coletivos que a atinge sejam tratados coletivamente. Se a gente parte do pressuposto de que as pessoas em situação de pobreza não são inferiores e não têm que se conformar com serviços inferiores, a gente não tem outro caminho a não ser estruturar a Defensoria Pública.

P: Tomando em conta uma pergunta suscitada pelo próprio estudo do “Mapa das Defensorias”: o que se faz necessário para que os serviços defensoriais alcancem o nível recomendado pelo Ministério da Justiça, que é de ao menos 1 defensor(a) para cada 15 mil habitantes em situação de vulnerabilidade nos territórios?

Rafson Ximenes: É evidente que antes de mais nada é preciso assegurar recursos orçamentários para poder nomear defensores(as), servidores(as) e estabelecer toda a estrutura necessária. Além disso, é fundamental que as próprias Defensorias se organizem internamente sobre como realizarão sua expansão. A DPE/BA, por exemplo, hoje tem um plano bem elaborado que é público e constantemente atualizado. A sociedade civil por seu turno deve lutar pelo estabelecimento da Defensoria em suas comarcas, para que atenda o público-alvo da Instituição onde ela já existe.

P: A Bahia despontou como o segundo crescimento em número de defensores(as) absolutos do primeiro para o segundo Mapa. A cobertura por comarcas também melhorou bastante, saltando de 24 comarcas atendidas para 47. No entanto, o déficit no estado segue alto. Em 2019, ano referência da pesquisa, cerca de 82% do total de comarcas ainda não eram atendidas. Comarcas que aqui, em sua quase totalidade, se referem a populações com menos de 100 mil habitantes. Quais são os desafios para que a Defensoria se interiorize e passe a estar presente nestas comarcas de menor porte?

Rafson Ximenes: Como já está assinalado, a Bahia cresceu bastante no total de defensores(as) e em quantidade de comarcas atendidas, praticamente dobrando o número destas. No entanto, o passivo histórico de nosso estado é muito grande. Para alcançar os patamares ideais, é necessário que todos, entidades governamentais e sociedade civil, compreendam a natureza do esforço plural que exige ser realizado. Na pesquisa anterior a Bahia era o 2° pior estado em cobertura por comarcas, já não ocupamos esta posição. O grande desafio é realizar mais concurso de defensores(as) públicos(as), nomeá-los(as) e estruturar os espaços de trabalho. Para isso é importante o apoio das prefeituras locais, cedendo terrenos ou mesmo imóveis para funcionamento. Também conta a sensibilidade do poder judiciário oferecendo espaços de apoio para que os defensores trabalhem. Isso sem deixar de mencionar evidentemente o apoio da Assembleia Legislativa com relação à questão, já que ela é quem define o orçamento das Instituições Públicas.

P: A Bahia conta com 583 cargos de defensores(as) previstos legalmente. No II Mapa é registrado que a Bahia possuía 345 defensores(as) efetivamente designados(as) em 2019. Hoje já são 372 em realidade e há um concurso em andamento. Por que persiste esta diferença entre o já legalmente previsto e o efetivamente preenchido?

Rafson Ximenes: Como estou destacando, a Bahia tem crescido num ritmo acelerado no provimento de cargos. Nosso estado é grande, tem dimensão territorial comparável a um país como a França. Com um grande número de comarcas e todo nosso passivo histórico, o crescimento da Instituição pode soar lento nestas dimensões. Mas a quantidade de defensores(as) cresceu cerca de 50% nestes seis anos de intervalo entre os estudos. Nós estamos com um concurso aberto e nosso esforço será para que ele alcance completar, ao fim, todas estas vagas legalmente existentes. Se hoje temos um problema primordialmente orçamentário, refreando nossa expansão, em um segundo momento, para alcançar os indicadores ideais, vamos ter também que atuar para ampliar esta quantidade de cargos de defensores(as) previstos na nossa legislação.

P: A Bahia conta com uma elevada população considerada em situação de vulnerabilidade, que pelo critério adotado do Ipea são aquelas que vivem com renda inferior a três salários mínimos. São cerca de 11,6 milhões de pessoas. Como todo este quantitativo de vulneráveis atinge o quadro geral das possibilidades de garantia de direitos no Estado? Como a pobreza social afeta a Justiça efetivamente?

Rafson Ximenes:  As dificuldades causadas pela pobreza material se acumulam. Alguém com poucos recursos financeiros têm mais tendência, em nossa sociedade, a ser submetida a violências desde que nasce. Ela tem tendências a ter maiores déficits educacionais, de saúde e de conhecimento dos seus próprios direitos e obrigações sociais. Tudo isso vai atingir todas as áreas do Direito. Os problemas vistos no Direito de Família estão diretamente vinculados às dificuldades financeiras das famílias. No sistema penal isso fica ainda mais evidente. Ele é extremamente seletivo. Visa e impacta mais as pessoas em situação de pobreza. Seja na hora de escolher as condutas que serão criminalizadas, seja na hora de determinar aquelas pessoas que serão efetivamente processadas. Nestas condições o trabalho da Defensoria é ainda mais necessário e tem impactos decisivos na vida das pessoas.

As informações são da Defensoria Pública do Estado da Bahia

CANDEIAS: Lei municipal prevê o fornecimento de absorventes gratuitos para estudantes

Foto: Folha de São Paulo 

O prefeito de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, Dr. Pitágoras, sancionou na quarta-feira, 25/08, um projeto de lei que garante o fornecimento gratuito de absorventes higiênicos durante o ciclo menstrual das estudantes de escolas públicas, municipais e estaduais em situação de vulnerabilidade econômica. O texto havia sido aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores do município.

Segundo informações da prefeitura, o objetivo é priorizar a ampliação e promoção do acesso às informações sobre saúde, higiene e produtos menstruais, além de combater a pobreza menstrual e promover a saúde de crianças, adolescentes, mulheres e demais pessoas que menstruam em idade escolar. As secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social serão responsáveis pelo andamento do projeto.

As informações são do Metro1

Justiça adotará protocolo de perícia para casos suspeitos de tortura

Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil 

Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou na sexta-feira, 28/08, a medida que cria o “Protocolo de Quesitos”. A novo protocolo define critérios para o laudo de exame de corpo e delito nos processos suspeitos de tortura ou tratamento cruel, desumano e degradante. A medida tem como base o Protocolo de Istambul da Organização das Nações Unidas (ONU).

Através do Ato Normativo n. 0006091-38.2020.2.00.0000 é fixada diretrizes e procedimentos para a realização de exames de corpo de delito abrangendo todas as fases em que a pessoa privada de liberdade tem contato com o sistema de justiça – desde as audiências de custódia ou audiências de apresentação até a execução da pena de privação de liberdade ou de medida socioeducativa. 

Essa ferramenta apoiará a magistratura na qualificação da prestação de justiça, a partir de um texto alinhado aos princípios constitucionais e ao conhecimento técnico acumulado nas últimas décadas no Brasil e no exterior”, avalia o conselheiro Mário Guerreiro, relator do processo e supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF) do CNJ.

O estudo para elaboração do texto foi iniciado após consulta sobre os quesitos-padrão adotados no Brasil realizada pela organização inglesa International Bar Association’s Human Rights Institute , pela Iniciativa Antitortura da American University (EUA) e pela Sira – Grupo de Acción Comunitaria (Espanha). Neste processo, também colaboraram o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Para mais informações sobre Orientações, Análise das suspeitas e Reconhecimento acesse: Agência CNJ

As informações são da Agência CNJ de Notícias

CAMAÇARI: Defensoria garante que adolescente tenha o direito ao passe livre para tratamento de HIV

Foto: José Carlos Almeida

Foto: José Carlos Almeida

A Defensoria Pública do Estado da Bahia conseguiu, junto ao Tribunal de Justiça da Bahia, que uma criança de 12, moradora de Camaçari, na região metropolitana de Salvador, tenha o direito ao passe livre intermunicipal para o tratamento do HIV. A criança realiza tratamento na capital da Bahia e precisa se deslocar com frequência para realização das consultas e demais acompanhamentos. Ela já era beneficiária do passe livre, mas teve o benefício indeferido em sua segunda renovação. 

“Eu fiquei muito triste quando eles me disseram que foi negado, porque preciso desse benefício. Eu estou desempregada e ela precisa fazer o tratamento. Ela faz consulta, exames, psicólogo, pega medicamento, tudo em Salvador. E eu não tenho condições financeiras para pagar o transporte”, conta Edwirges (nome fictício), mãe da adoslecente. 

  A mãe também explica que, embora em Camaçari haja serviço de atenção especializada para pessoas vivendo com HIV, não há atendimento para crianças, além disso ela se preocupa com o sigilo do diagnóstico da filha. “Aqui em Camaçari faz o acompanhamento só de adulto. Desde que ela nasceu, ela faz o tratamento em Salvador. E eu não gosto da ideia de fazer particular porque é minha cidade e pode ter alguém conhecido”, relata.

De acordo com a Lei nº 12.575/2012, que regulamenta o passe livre no estado, a carteira que dá acesso à gratuidade nos ônibus intermunicipais é válida por cinco anos, mas pode ser renovada sucessivas vezes por igual período. Para o defensor público João Tibau, que atuou no caso, a negativa do Estado se deu pelo fato de que o passe livre intermunicipal é um direito garantido a pessoas com deficiência, classificação em que a infecção pelo HIV não se enquadra.  

Por isso, o argumento usado no pedido de decisão liminar feito pela Defensoria foi de equiparação de pessoas com doenças crônicas graves a pessoas com deficiência. “Dessa vez, pudemos contar com a sensibilidade do magistrado, que se valeu de jurisprudência farta do Tribunal de Justiça da Bahia em favor da equiparação, ressaltando ainda diplomas normativos internacionais voltados aos Direitos Humanos”, comenta. 

Ele também ressalta os conteúdos simbólicos existentes na decisão judicial como a garantia da saúde e da vida da adolescente de 12 anos e a extensão de um benefício já previsto em lei para outros públicos sem a mesma proteção legal. “Na falta de normas jurídicas com proteção específica para pessoas com doenças crônicas graves, é muito relevante perceber que a situação, se não é igual, é muito parecida a ponto de trazer uma proteção garantida especificamente a pessoas com deficiência para essas pessoas que têm doenças crônicas. Então, tem um conteúdo simbólico realmente muito importante de que o Estado não vai deixar as pessoas desguarnecidas por falta de leis específicas, já que existem outras leis que podem sim ser trazidas por analogia”, comentou.

A decisão em favor do pedido da Defensoria foi proferida no dia 24 de agosto. E agora Edwirgens (nome fictício) se prepara para regularizar a situação do passe livre da filha, que está vencido desde julho. “Eu glorifiquei quando o defensor me disse que eu ia conseguir e agora estou tentando agendar para levar os documentos que ele mandou em pdf para mim, mas ainda não consegui. Eles disseram que o sistema caiu, mas eu vou continuar ligando”, conta. 

As informações são da Defensoria Pública do Estado da Bahia 

Tribunal Regional do Trabalho da 5ª região retoma hoje, 06/09, atividades presenciais

Foto: Reprodução/TRT5

Foto: Reprodução/TRT5

O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região retoma nesta segunda-feira, 06, as atividades presenciais em todas as unidades do estado. Com esse retorno, serão retomados os prazos de todos os processos que tramitam em meio físico. As audiências presenciais do 1ª Grau continuam acontecendo e as sessões do 2ª Grau podem ser realizadas, exclusivamente para julgamento de processos físicos.

As sessões presenciais vão acontecer no auditório do Tribunal Pleno, na sede do TRT5 (Rua Bela Vista do Cabral, 121, Nazaré), nos horários das 8 às 12 horas ou das 13 às 17 horas, de forma a permitir intervalos de desinfecção do espaço. Permanecerão no formato remoto (virtual ou telepresencial) as sessões de julgamento dos processos que tramitam em meio eletrônico. Também será mantida a realização de audiências semipresenciais e oitivas pelo por videoconferência.

A retomada as sessões presenciais faz parte da Fase Intermediária 2, que permite ainda a realização das atividades externas pelos oficiais de justiça, em todo regional, inclusive os integrantes do grupo de risco com o esquema vacinal completo, assim considerado após 15 dias da aplicação da segunda dose ou dose única, com uso de equipamentos individuais de proteção adequados. 

Porém, o atendimento ao público interno e externo permanece remoto, sendo possível a carga de autos físicos, excepcionalmente, dando-se preferência à solicitação e envio, pelas unidades, quando possível, dos autos digitalizados, nos termos descritos na portaria.

CONFIRA A PORTARIA QUE DEFINE O RETORNO

As informações são do Tribunal Regional da 5ª Região 

FEIRA DE SANTANA: PJBA realiza primeiro mutirão de audiências de conciliação telepresenciais

Foto: Reprodução/Prefeitura de Feira de Santana

A Coordenação dos Juizados Especiais realiza entre os dias 13 e 24 de setembro o primeiro mutirão de audiências telepresenciais do Poder Judiciário da Bahia, com vistas a dar celeridade o processamento dos feitos que tramitam sob o rito da Lei Federal nº 9.099/95, represados em razão da pandemia. 

O projeto piloto será realizado na Comarca de Feira de Santana, em parceria com o Centro Universitário Nobre – UNIFAN e com a Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana – UNEF, e tem como objetivo realizar mais de 7 mil audiências de conciliação das quatro Varas do Sistema dos Juizados Especiais da Comarca. 

A proposta foi concebida num contexto de garantia dos direitos fundamentais de acesso à justiça e da duração razoável do processo, e vem ao encontro das experiências exitosas de mutirão excepcional e temporário em outras unidades judiciárias. De forma pioneira no PJBA, a ação contará com a participação de conciliadores aprendizes, capacitados e convocados na esteira das diretrizes do Conselho Nacional de Justiça constantes na Portaria nº 297/2020.

Os estudantes que atuarão como conciliadores aprendizes serão previamente selecionados pelas Instituições de Ensino, através de processo seletivo interno, e devidamente habilitados em curso com etapa teórica e prática, desenvolvido pela UNICORP, em conjunto com o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos – NUPEMEC, Coordenação dos Juizados Especiais – COJE e as Universidades parceiras, nos moldes da Resolução CNJ nº 125/2010.

As audiências presenciais que se fizerem necessárias serão realizadas no campus da UNEF, com obediência aos protocolos de segurança e higiene dos entes públicos e Ato Normativo Conjunto nº 20/2021 do PJBA, e serão supervisionados por professores das instituições, servidores da COJE e do NUPEMEC, bem como das respectivas unidades judiciárias.

As informações são do Poder Judiciário da Bahia 

Homem vítima do “golpe do WhatsApp” consegue bloqueio de linha telefônica

Foto: Anton/Pexels

Foto: Anton/Pexels

O advogado Henrique Abreu conseguiu na justiça que a empresa de telefonia  “Telefônica Brasil S.A.” cancelasse sua linha telefônica por onde foi vítima do conhecido “Golpe do Whatsapp”. A decisão é do desembargador L. G. Costa Wagner, do TJ/SP, que também determinou que os bancos forneçam os dados cadastrais dos titulares das contas.

Na ação, Henrique relata que foi vítima do golpe do WhatsApp e que alguém estaria se passando por ele para pedir dinheiro para os seus contatos. Com isso, sua irmã realizou uma transferência via PIX no valor de mais de R$ 20 mil.

Após o episódio, o advogado buscou a Justiça para que a empresa de telefonia fosse obrigada a cancelar ou bloquear a sua linha de celular.  O pedido foi negado em primeira instância e ele recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo, onde teve resultado positivo. 

No TJSP relator do caso, desembargador L. G. Costa Wagner, afirmou que “situações como a narrada nos autos infelizmente têm sido rotineiras, o que não impede a reincidência da alegada fraude, envolvendo o agravante“.

O relator, então, atendeu ao recurso da vítima para que a empresa de telefonia proceda com o bloqueio e informe os dados do titular de outra linha telefônica. Wagner também determinou que os bancos forneçam os dados cadastrais dos titulares das contas.

Confira a decisão

As informações são do Portal Migalhas

FIRMINO ALVES: Eleição suplementar será em 03 de outubro, define TRE

Foto: Reprodução/Prefeitura de Firmino Alves

A eleição suplementar para os cargos de prefeito (a) e vice-prefeito (a) do Município de Firmino Alves, no sul da Bahia, será realizada no dia 03 de outubro deste ano. A eleição será regida pelas disposições do Código Eleitoral e nas normas do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). 

Duas chapas estão registradas para concorrer na disputa eleitoral. O Partido Democrático Trabalhista (PDT) registrou a candidatura de Fabiano de Jesus Sampaio, para a vaga de prefeito, e Isaac Barreto, para vice-prefeito. A outra chapa tem Samuel Pereira, do Partido Social Democrático, como prefeito, e Jackson Santos, na vaga de vice-prefeito. 

As candidaturas foram registradas perante o Cartório da 137ª Zona Eleitoral na quarta-feira, 1º, conforme prazo estabelecido em calendário eleitoral. A partir da publicação no Diário da Justiça Eletrônico (DJE), qualquer candidato, partido político, coligação ou o Ministério Público poderão impugnar candidaturas no prazo de cinco dias. 

Todos os pedidos de registro de candidaturas deverão ser julgados nas instâncias ordinárias até o dia 13 de setembro de 2021. Em caso de recurso, os processos serão remetidos ao TRE da Bahia, através do Processo Judicial Eletrônico (PJe).  

A eleição suplementar foi convocada após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgar o agravo regimental interposto em um recurso eleitoral e manter o indeferimento do registro de candidatura de José Aguinaldo dos Santos. Com a decisão do TSE, os votos a ele conferidos foram anulados e, por isso, uma nova eleição precisa ser realizada. 

Devido à pandemia da Covid-19, as regras e normas sanitárias de distanciamento social deverão ser respeitadas pelos postulantes. O candidato eleito será diplomado pelo Juízo Eleitoral até o dia 18 de outubro. 

As informações são do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia 

TJBA funciona em regime de plantão no feriado de independência

Foto: Reprodução/TJBA

Na próxima segunda (6) e terça-feira (7), o Poder Judiciário da Bahia vai funcionar em regime de plantão, por conta do feriado da Independência do Brasil. O expediente no Fórum Judicial de Primeira e Segunda Instância e nos Órgãos de Apoio Técnico Administrativo do Tribunal de Justiça será retomado na quarta-feira (8), às 8h.

Durante a suspensão do expediente regular, os serviços essenciais do PJBA funcionam em regime de plantão com a finalidade de atender às demandas revestidas de caráter de urgência.

As informações são do Tribunal de Justiça da Bahia

TRE-BA suspende expediente nos dias 6 e 7 de setembro

Foto: Reprodução/TRE-BA

Foto: Reprodução/TRE-BA

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia suspenderá o atendimento presencial e os realizados por meio de telefone e e-mail nos próximos dias 06 e 07 de setembro. Os serviços online, no entanto, permanecerão disponíveis por meio do site www.tre-ba.jus.br. O expediente será retomado na próxima quarta-feira (8/9). 

A interrupção do atendimento considera o feriado nacional de 7 de Setembro (Dia da Independência do Brasil) e cumpre com a Portaria N° 373/2020, que institui o calendário de feriados nacionais, regionais e específicos da Justiça Eleitoral baiana. Já o ponto facultativo do dia 6 de setembro obedece a Portaria N° 472, publicada no último dia 20 de agosto. 

Desse modo, os prazos processuais que se iniciam ou se completam nessas datas ficam prorrogados para o dia útil seguinte, 8 de setembro, quando o expediente será retomado.   

O TRE baiano destaca que todos os serviços online permanecerão ativos, mesmo com a suspensão do expediente. Para acessar, basta entrar no site do Eleitoral: www.tre-ba.jus.br e seguir, por meio do menu principal, o caminho: Eleitor e eleições -> Serviços online

As informações são do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia