Sexta-Feira, 22 de novembro de 2024
Justiça no Interior

ILHÉUS: OAB-BA realiza ato de desagravo em favor de advogados que sofreram abordagem policial truculenta

Foto: Angelino de Jesus/OAB-BA

Na última sexta-feira, 03, a Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Bahia realizou um ato de desagravo em favor dos advogados Jacson Cupertino, presidente da OAB de Ilhéus, e Reinaldo Weber, presidente da Comissão de Direitos Humanos da subseção, que alegam ter sofrido uma abordagem policial truculenta no fim de março.

O caso teria acontecido nas proximidades da cidade de Itapé, no centro-sul baiano. De acordo com a denúncia, no dia 21 de março, Jacson e Reinaldo voltavam da cerimônia de posse da Diretoria da OAB-Itapetinga quando foram abordados por uma equipe do PM Tático Ostensivo Rodoviária. Segundo o relato, eles sequer conseguiram se identificar e durante todo tempo tiveram 4 fuzis apontados em suas direções. “A abordagem só parou quando disse que era filho e irmão de policiais. Então o sargento perguntou meu nome e, ao falar, este disse que conhecia meu irmão e meu pai”, relatou o presidente da OAB-Ilhéus. 

No ato de desagravo estiveram presentes a presidente da OAB-BA, Daniela Borges; a vice-presidente, Christianne Gurgel; a secretária-geral Esmeralda Oliveira e o tesoureiro Hermes Hilarião. 

Em seu primeiro pronunciamento, Daniela Borges reforçou o simbolismo e a posição representada pela seccional. “Estamos aqui em prol da defesa e fortalecimento da advocacia, o que significa defender e fortalecer os direitos daqueles que se veem diante de figuras que exercem o poder. Violações e violências como as que originaram este desagravo estão acontecendo sistematicamente em nosso país, e é essencial que a OAB esteja presente na luta contra o abuso de poder e o racismo estrutural que ampliam a violência e a desigualdade no Brasil”, pontuou. 

Em sua fala, o presidente da OAB-Ilhéus, Jacson Cupertino, descreveu a abordagem e pontuou que a sociedade padece de um racismo estrutural.”Só esse ano, o advogado Reinaldo Weber já sofreu oito abordagens violentas. Quantas vezes mais ele vai precisar ser abordado? O gatilho dele é disparado como uma metralhadora. A gente não pode se acostumar com isso. Eu não vou me acostumar nunca. Vou lutar até o fim”, destacou.

Com informações da OAB-BA e da OAB-Ilhéus 


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