Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024
Justiça no Interior

SANTA MARIA DA VITÓRIA: “advocacia é indispensável”, destaca Antônio Lisboa, presidente reeleito da OAB

Foto: Arquivo Pessoal

Por: Justiça no Interior 

Em eleição que aconteceu na quarta-feira, 24, o advogado Antônio Magalhães Lisboa Filho foi reeleito presidente da OAB-Subseção Santa Maria da Vitória para os próximos três anos. Antônio, que ocupa a função desde 2019, foi candidato único, tendo recebido 46 votos, dos 56 advogados (as) que foram às urnas. 

Nos próximos três anos a frente da Ordem, Lisboa Filho vai dirigir a subseção ao lado dos (as) advogados (as): Alex Thyago (vice-presidente), Soraya Brandão (Secretária Geral), Dora Coimbra (Secretária Adjunta) e Terêncio Tonhá (Tesoureiro).

Antônio Lisboa tem 49 anos, 20 como advogado nas áreas Cível, Administrativa e Eleitoral. Ele ocupa a presidência da OAB-Santa Maria da Vitória desde 2019. Em entrevista ao Justiça no Interior concedida na sexta-feira, 26, ele aponta que vai lutar para o preenchimento das vagas de juízes das Comarcas que abrangem a Subseção. CONFIRA: 

JUSTIÇA NO INTERIOR: O que uniu a subseção em torno de sua candidatura?  

ANTÔNIO LISBOA: Como nós já estamos à frente da gestão da OAB nesses três anos, nesse triênio, e acreditamos que fizemos um trabalho razoável, dentro daquilo que a gente podia, batalhamos por juízes para nossas Comarcas, coisas que não tinha, batalhamos pela reestruturação dos equipamentos da própria OAB, como: melhoria das salas, aparelhamento das salas, aquisição de equipamentos, instalação de cursos, isso foi muito relevante para gente. Uma das brigas da gente era de ter juiz em todas as nossas Comarcas, coisa que não tinha, isso foi muito importante. Nos deu uma aprovação, uma relação mais estreita e mais direta com os colegas, que acabamos apresentando a chapa única. Acredito que motivos foram esses. Outra coisa, é o fato de a gente estar sempre aberto e acessível aos colegas. Nós não nos fechamos. 

J.I.: Qual o primeiro passo da gestão que se renova?

A.L.: Vamos empreender esforços, com muita veemência, para fazer com que a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia preste um serviço mais digno ao advogado e aos jurisdicionados também. Os inventários administrativos estão demorando horrores, um tempo absurdo de tramitação, por conta, única e exclusivamente, da SEFAZ. É um absurdo isso, a gente vai corrigir isso, a gente vai batalhar para corrigir isso. 

J.I.: Quais os principais desafios a serem enfrentados pela advocacia da região?

A.L.: Nosso principal problema é a permanência dos juízes em nossas comarcas. Uma boa parte chega aqui e assim que surgi uma oportunidade vai embora, porque não são daqui da região ou não são daqui do estado e aí procuram um lugar que é mais perto das suas cidades de origem. Então, uma das batalhas da gente é tentar fazer com que esses juízes que chegaram agora, que estão chegando, permaneçam aqui nas Comarcas da região por pelo menos 2 anos e que só saiam quando um outro substituto vier. Essa é uma das nossas primeiras batalhas. 

J.I.: A experiência vai auxiliar na próxima gestão da OAB?

A.L.: Com toda certeza. Essa experiência conta muito, serve muito. A forma de poder transitar em Salvador, em transitar no colégio de presidentes, entre os colegas. Os traquejos da experiência, no exercício da atividade, no trato com as outras instituições, com os outros poderes, com os órgãos. Isso é fundamental para que nós possamos ir aprimorando. O fato de ter sido presidente da OAB nesses três últimos anos serve de muita bagagem, de muita muita construção, de muito alicerce para um bom mandato que vai se iniciar em Janeiro. 

J.I.: Quem será o Antônio presidente reeleito?

A.L.: Eu sou muito grato à OAB. Eu tenho direito aos meus amigos, os meus conhecidos, que a Ordem me ensinou por demais. Estar na condição de presidente me ensinou muito a ouvir. Porque a advocacia é uma profissão que nos ensina a falar. Tanto é que a gente usa a palavra falada e escrita para convencer, quando a gente não convence a gente recorre, não acata a decisão a gente tá aí esperneando, querendo sempre interpor recursos para ter nossa tese confirmada e isso vai entrando em nossa existência, no nosso modo de viver, que a gente não para muito para ouvir. Estar na condição de presidente me ensinou a ouvir e isso para mim foi muito importante. Eu quero poder ouvir mais, interagir mais, quero estar mais à disposição dos colegas, mais à disposição da OAB, para que nós possamos prestar um serviço mais efetivo.

J.I.: O que esperar da próxima gestão?

A.L.: Uma das nossas metas que é de extrema importância é a defesa, intransigente, das prerrogativas da advocacia. O advogado, na defesa das suas prerrogativas, não está defendo a si. Ele está defendendo o direito de defender o cliente dele. E existe quase que um projeto nacional de vulgarização, de desrespeito às prerrogativas do advogado. A gente precisa fazer isso de maneira mais forte, mais intensa, para mostrar para todo o tecido social que a advocacia é indispensável à administração da justiça e para a sociedade como um todo. 


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