Quinta-Feira, 15 de janeiro de 2025
Justiça no Interior

MPBA, DPE-BA e TJBA lançam campanha de incentivo a adoção de crianças e adolescentes

Foto: iStock

Nesta segunda-feira, 07, o Ministério Público Estadual da Bahia, a Defensoria Pública do Estado da Bahia e o Tribunal de Justiça da Bahia lançaram a campanha “O amor não tem tamanho”. O campanha tem o objetivo de ampliar o perfil buscado pelos futuros pais e contribuir no aumento do número de adoções de crianças e adolescentes, grupos de irmãos ou com alguma deficiência.
Atualmente estima-se que, no Brasil, há cerca de 4 mil crianças e adolescentes aptos à adoção e 33 mil pessoas estão na fila de adotantes. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, quase 70% das crianças aptas à adoção no Brasil têm mais de seis anos.
De acordo com o Sistema Nacional da Adoção e Acolhimento (SNA), a maior quantidade de crianças e adolescentes disponíveis para adoção concentra-se na faixa etária de 6 a 17 anos. Esse perfil, no entanto, não corresponde ao mais desejado pelos habilitados à adoção, já que mais de 50% dos 39.957 pretendentes cadastrados têm preferência por crianças de até três anos. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça de 2019, 90% dos interessados na adoção buscam crianças de até sete anos, enquanto 67% das crianças e adolescentes disponíveis nos abrigos têm idades entre sete e 18 anos.
“A adoção de crianças acima de seis anos de idade e adolescentes é considerada necessária em razão da dificuldade de localização de famílias que tenham perfil adotivo para essa faixa etária. Por essa razão, a presente campanha pretende demonstrar que o amor não tem tamanho, podendo ser vivenciado na adoção de crianças e adolescentes de todas as idades, raças e condições de saúde”, destacou a coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Crianças e Adolescentes (CAOCA), promotora de Justiça Anna Karina Trennepohl.
A promotora ainda ressaltou que, em geral, o perfil adotivo restringe a idade aos primeiros anos de vida, impossibilitando à criança mais velha, ao adolescente ou a grupos de irmãos a chance de serem adotados. “As crianças e adolescentes com deficiência ou alguma doença diagnosticada também encontram dificuldades no processo de adoção”, destacou a promotora de Justiça.

As informações são do MPBA


COMPARTILHAR