Foto: Fiocruz
O Ministério Público Estadual da Bahia recomendou, na segunda-feira, 24, ao município de Itapetinga, no sudoeste do Estado, que seja combatida a baixa cobertura vacinal infantil registrada na cidade. Essa recomendação se deu porque em 2021 o município atingiu apenas 19% da vacinação da BCG em crianças e adolescentes, que previne contra a tuberculose, e 55,4% contra a poliomielite, quando a meta do Programa Nacional de Imunização é de 90%.
Conforme o documento, a prefeitura de Itapetinga deve determinar, nos próximos 60 dias, que agentes de saúde realizem uma busca ativa de crianças e adolescentes no município, especialmente na zona rural, para conferir se a caderneta de vacinação desse público está em dia. Em caso de falta de algum imunizante, os agentes devem comunicar aos pais, às autoridades sanitárias e ao Conselho Tutelar para a devida regularização.
O MP ainda recomendou que a Secretaria de Educação determine às escolas da rede municipal, creches, berçários e centros de educação, que, no momento da matrícula ou de sua renovação, verifiquem a situação da caderneta de vacinação do estudante e informem os responsáveis, às autoridades sanitárias e ao Conselho Tutelar em caso de ausências.
Também foi recomendado que o Secretário de Saúde, implante grupos de divulgação e conscientização da importância da vacinação, com realização de palestras, cursos, seminários e divulgação domiciliar, por meio dos agentes comunitários de saúde, para atingir o público-alvo das vacinas preconizadas pelo Ministério da Saúde. Um procedimento administrativo foi instaurado para acompanhar as ações da Prefeitura voltadas a cumprir o PNI.
Em nota, a Prefeitura de Itapetinga disse que a queda da cobertura vacinal, que vem acontecendo em todo o país e em Itapetinga esse quadro aconteceu porque em julho, a secretaria municipal de saúde recebeu uma recomendação do Ministério da Saúde para racionamento de vacinas de BCG porque os imunizantes não seriam mais enviados para a cidade neste ano.
Também disse que a notificação de imunizados contém distorções uma vez que as gestantes itapetinguenses de alto risco são reguladas para partos em Vitória da Conquista e seus bebês imunizados naquele município. Assim, as crianças são registradas em Itapetinga, mas sua vacinação é registrada em Vitória da Conquista, o que causa uma subnotificação.
As informações são do MPBA
