Foto: OAB-Irecê
Por: Justiça no Interior
Na segunda-feira, 25, a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil — Subseção de Irecê (OAB-Irecê), Leonellea Pereira, realizou uma reunião com a presidente da OAB Bahia, Daniela Borges, com o presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti e o presidente da Comissão Nacional do Exame da Ordem, Marco Aurélio Choy. O encontro teve o objetivo de discutir a inclusão da cidade de Irecê como polo de aplicação do Exame de Ordem Unificado.
Para a presidente da OAB-Irecê, a distância de Irecê aos polos de aplicação atuais, como Feira de Santana, que fica a 400km, e o número de faculdades na cidade e seu entorno justificam o pedido. Além disso, também argumenta que a última cidade foi incluída Juazeiro em 2010, e desde então muitas faculdades foram abertas no interior. Até o momento a prova é aplicada apenas em Barreiras, Feira de Santana, Ilhéus, Juazeiro, Salvador, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista.
Em entrevista ao Justiça no Interior, Leonellea Pereira cita que existem pelo menos sete cursos de Direito em funcionamento em um raio de até 300km de Irecê. Desses cursos, dois são em Irecê e os outros cinco estão nas cidades de Jacobina, Itaberaba e Senhor do Bonfim. Esses cursos abrem anualmente 585 vagas para novos alunos de Direito. “A distância dessas três cidades para Irecê é menor que a distância de Irecê para o polo de aplicação de prova mais próximo, Feira de Santana, que fica a quase 400km”, argumenta a advogada.
A presidente também informou que existe um procedimento em tramitação, há oito meses, no Conselho Federal, solicitado pela Subseção de Irecê encaminhada pela OAB Bahia, para que Irecê seja incluída como polo de aplicação do Exame da Ordem.
Durante a reunião, os solicitantes reforçaram a importância do pedido. “Irecê é um polo regional em franco desenvolvimento e atrairá um grande número de inscritos de toda a região, considerando que existe um grande vácuo no interior da Bahia quando se trata de cidades que são sede de aplicação da prova da OAB”, ressaltou Leonellea.
A decisão sobre o requerimento da OAB-Irecê também depende da Fundação Getúlio Vargas – (FGV). Por isso ainda haverá uma discussão entre a FGV e o Conselho Federal para saber se a cidade será inclusa no calendário de 2024.
Leonellea Pereira destacou que a sua expectativa como presidente da Subseção de Irecê é de esperança pelo deferimento do pedido. “Foi possível demonstrar sobre a viabilidade da cidade de Irecê como sede de aplicação da prova, foi apresentado”, ressalta.