Quarta-Feira, 30 de outubro de 2024
Justiça no Interior

FILADÉLFIA: Polícia Federal deflagra operação Errantes para evitar prejuízos à Previdência Social

Foto: Reprodução/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou, na quarta-feira, 16, a operação Errantes, visando desarticular uma suposta organização criminosa especializada na prática de diversas fraudes contra a Previdência Social, em especial a criação de pessoas fictícias para a obtenção indevida de Benefícios de Prestação Continuada (BPC). O BPC é um benefício no valor de um salário mínimo, pago pelo INSS a pessoas com mais de 65 anos e/ou portadoras de deficiência.

No decorrer das investigações, foram constatados 420 benefícios fraudulentamente obtidos, os quais geraram um prejuízo de cerca de R$ 60 milhões (valores já sacados) ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Estima-se que o prejuízo evitado, levando-se em conta os valores que continuariam sendo pagos aos beneficiários, seja de aproximadamente R$ 100 milhões.

A PF cumpriu 24 mandados de prisão preventiva e outros 32 mandados de busca nas cidades de Filadélfia, na Bahia, e nas cidades de Petrolina e Tabira, em Pernambuco.

No esquema investigado, o grupo agia para fraudar o sistema previdenciário em diversos momentos. Na maior parte dos casos, visavam garantir o pagamento de BPC a pessoas fictícias, no caso, idosos existentes apenas documentalmente. Os investigadores verificaram que uma única idosa usou 31 documentos de identidade falsos e, com base neles, recebeu 31 BPCs.

A investigação apurou que o dinheiro dos benefícios fraudulentos foi “lavado” de variadas formas, como agiotagem, movimentação em contas bancárias tituladas por terceiros, aquisição de bens em nome de interpostas pessoas (“laranjas”) e emprego do dinheiro “sujo” em atividades econômicas (agronegócio, bem como aluguel, venda e permuta de bens móveis e imóveis).

Os envolvidos estão sendo investigados por suposta prática dos crimes de estelionato majorado, uso de documento falso, falsidade ideológica, bem como, “agiotagem” e lavagem de capitais. Se forem condenados, as penas podem chegar a 28 anos de reclusão.

As informações são da Polícia Federal


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