Foto: Divulgação/MPT
Na quinta-feira, 18, auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Previdência resgataram dois gesseiros em condição de trabalho escravo no bairro Lagoa Salgada, em Feira de Santana. Os homens foram encontrados em um galpão, nos fundos de uma oficina de tratores, sem energia elétrica e nem instalações sanitárias.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, eles foram encontrados em alojamento precário, com falta de pagamento, alimentação insuficiente e péssimas condições de higiene e conforto. Um representante do empregador foi ouvido na segunda-feira, 22, e iniciou as negociações para pagar a rescisão.
Os trabalhadores já estão sendo atendidos pela assistência social do município e deverão receber nos próximos dias a primeira das três parcelas do seguro-desemprego especial para vítimas do trabalho escravo.
Caso o empregador não cumpra com suas obrigações trabalhistas perante a Gerência Regional do Trabalho, o MPT estuda a adoção de medidas judiciais para garantir o pagamento das verbas trabalhistas e rescisórias, além de valores de indenização.
Em depoimentos prestados à equipe que fez o resgate, os dois homens contaram que foram contratados para fazer serviços de gesseiro em obras diversas e que, apesar de terem tido as carteiras de trabalho solicitadas para formalização dos contratos, não recebiam salário com regularidade. “Quando tinha serviço, ele dava R$50 por dia, quando não tinha a gente não recebia nada”, afirmou um deles.
As informações são do MPT