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Na última sexta-feira, 14, 60 pessoas foram resgatadas em casa clandestina de acolhimento a pessoas com transtornos mentais em Feira de Santana. O grupo estava vivendo em situação de extrema vulnerabilidade, residindo em condições insalubres, em dois endereços do estabelecimento, que não atendiam aos requisitos mínimos para internação involuntária.
Na operação, comandada pelo Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Polícia Federal, Ministério Público da Bahia e Polícia Civil, foi constada a presença de três pessoas em situação de trabalho análogo à escravidão.
Segundo o grupo, o estabelecimento não prestava atendimento médico satisfatório e não contava com equipe técnica multidisciplinar.
O responsável pela casa foi encaminhado para a Delegacia de Polícia, onde corre a investigação criminal. A Polícia Civil periciou o local e realizou exame de corpo de delito nos pacientes, que também passaram por avaliação psiquiátrica.
Oito deles foram internados no Hospital Especializado Lopes Rodrigues; três pessoas acamadas foram encaminhadas para atendimento médico de urgência nas UPAs 24h do Município de Feira de Santana; 31 residentes retornaram ao convívio familiar e um dos pacientes e dois trabalhadores foram resgatados por situação análoga à de escravo.