Sábado, 26 de julho de 2024
Justiça no Interior

Ex-patroa de babá que pulou de prédio é indiciada por quatro crimes

Foto: ContilNet/Reprdução

A empresária Melina Esteves França, investigada por agredir a babá que pulou de um prédio em Salvador foi indiciada por ameaça, lesão corporal, cárcere privado qualificado – em relação aos maus-tratos – e redução à condição análoga à de escravo. As penas variam de dois meses a oito anos de prisão em caso de condenação.

O delegado Thiago Pinto, titular da 9ª Delegacia Territorial (DT/Boca do Rio), disse que todas as medidas necessárias para resolução do caso foram solicitadas à Justiça, mas o único pedido deferido foi o mandado de busca e apreensão na casa da acusada. O delegado não deu mais detalhes sobre os pedidos, pois o caso está sob segredo de Justiça.

O inquérito policial foi concluído no prazo previsto – o caso completa um mês no sábado – e a partir de agora o caso vai para o Ministério Público da Bahia (MP-BA). “Os trabalhos foram finalizados ontem [quarta] e encaminhado relatório para o Judiciário. Concluímos o procedimento legal antes do prazo de 30 dias. Agora, qualquer medida será através de parecer do Ministério Público”, explicou o delegado.

No inquérito, nove vítimas são citadas, mas o indiciamento é somente por conta do caso de Raiana Ribeiro da Silva, 25 anos, a babá que pulou do banheiro do apartamento de Melina, no bairro do Imbuí em Salvador, capital baiana. Os demais casos tramitam em outros inquéritos e uma investigação pode acabar ajudando a outra.

O delegado pontuou que a maior parte dos outros casos está ligado a crimes de menor potencial ofensivo, já que por conta do tempo muitas denúncias mais graves, como as de agressão, ficaram mais difíceis de ter prova. Além disso, ele diz que a informação de que haveria uma arma no apartamento da empresária não se confirmou. A pessoa que fez a acusação não formalizou a denúncia e a polícia não encontrou nenhuma arma em buscas na casa.

O inquérito é sigiloso. As medidas cautelares foram apresentadas em momentos oportunos, com provas anexadas ao inquérito. Cabe agora ao Judiciário deferir ou não. O papel da Polícia Civil foi feito em tempo hábil. Até o momento, a única medida apreciada foi somente o mandado de busca e apreensão”, explicou Thiago Pinto.

Uma mulher que aparece nas imagens ao lado de Melina e presencia cenas de agressão a Raiana é considerada por enquanto apenas uma testemunha, disse o delegado, que preferiu não falar quem ela é.

As informações são do Correio 24 horas


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