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Na terça-feira, 02, a Fundação Educafro ingressou com uma ação civil pública em que pede que a Justiça condene Gol Linhas Aéreas a pagar uma indenização de R$ 50 milhões após uma após uma professora ser expulsa do voo da companhia, em Salvador, por ter se recusado a despachar a mochila com um notebook.
A Educafro argumenta que “a empresa-ré instituiu um ambiente hostil, com treinamento e liderança pautados pelo racismo estrutural, o que – ademais de constituir risco para a sociedade – acarreta risco pessoal para os próprios profissionais por ela arregimentado, desestimula e oprime o pequeno percentual de empregados negros da GOL e projeta internamente uma autopercepção geral de desvalor geral para esses profissionais”.
Além da indenização de R$ 50 milhões por dano moral coletivo, a organização pede:
- Alterações na governança da empresa demandada – as quais se mostram necessárias para que a empresa requerida possa incorporar visões e saberes dotados da mesma diversidade que se procura ver realizada na vida da corporação;
- Adoção de políticas de enfrentamento ao racismo por meio da educação e institucionalização de procedimentos.
A ação corre na 13ª Vara do Trabalho de Salvador. Segundo o documento, os funcionários da empresa aérea, especialmente os negros, presenciam ou são levados a protagonizar atos de discriminação contra pessoas negras.