Foto: Reprodução/Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal definiu na quarta-feira, 04, a lista tríplice para a escolha de uma vaga de ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral. Dentro os indicados, está o nome da advogada baiana Vera Lúcia Santana Araújo, que recebeu sete votos. Santana pode ser a primeira mulher negra a ser ministra do TSE.
Vera Lúcia tem 62 anos e nasceu em Livramento de Nossa Senhora, na Bahia. Neta de lavadeira e filha de professora, ela foi para Brasília, aos 18 anos, para estudar.
Em entrevista ao “Correio Braziliense” em novembro de 2019, Vera contou que o trabalho da avó garantiu a possibilidade de seguir com os estudos. “Como ela foi lavadeira de famílias importantes, conseguiu espaço para que minha mãe estudasse e, depois, nós também. Naquele tempo e em uma cidade pequena, a escola era só para os brancos.”
Em Brasília, decidiu prestar vestibular para Direito e foi aprovada no UniCeub. Na faculdade, Vera se aproximou do movimento estudantil durante a ditadura militar e fez estágio na Defensoria Pública.
Entre as funções públicas que ela já exerceu está a de secretária-adjunta de Igualdade Racial do Distrito Federal e diretora-executiva da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), também no Distrito Federa.
Hoje, ela se dedica à advocacia com foco nas questões de racismo. É ativista da Frente de Mulheres Negras do DF e Entorno e integrante da Executiva Nacional da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).
Além de Vera Lúcia, compõem a lista os advogados André Ramos Tavares, que obteve nove votos, e Fabrício Juliano, com oito votos. A lista será levada ao presidente da República para que ele escolha quem deve ficar com a vaga.
O (a) escolhido (a) pelo presidente vai ocupar o cargo deixado pelo ministro Carlos Mário Velloso Filho, escolhido em 2019, e que renunciou após alegar motivos de saúde.
Ao todo, sete ministros compõem o TSE. Três são indicados pelo STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e os outros dois são advogados com notório saber jurídico, além de seus substitutos. De acordo com a Constituição, cabe ao presidente da República nomear os dois advogados que compõem o tribunal.
As informações são do Metro 1 e do Uol