Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024
Justiça no Interior

IRECÊ: “temos um cenário de união”, afirma Leonellea Pereira, presidente eleita da OAB

Foto: Arquivo pessoal

Atual vice-presidente, a advogada Leonella Pereira foi eleita presidente da OAB-subseção de Irecê. Ela concorreu em chapa única em pleito realizado na última quarta-feira, 24. Leonella recebeu 194 votos, um percentual de 94,06% dos presentes.

Leonella Pereira representou a chapa “Nossas vozes em defesa da Advocacia” composta pelos (as) advogados (as): Frances Vidal de Freitas (Vice-presidente), Thais Elislaglei Pereira Silva da Paixão (Secretária-Geral) e Luana Santos Machado (Tesoureira) e Augusto Diniz Queiroz Carvalho (Secretário Adjunto).

Aos 34 anos, Leonella possui 10 anos de experiência na advocacia nas áreas cível, família, juizados e crimes (violência doméstica). Além disso, Pereira já ocupou os cargos de presidente da Comissão da Mulher Advogada 2016-2018 e é atual vice-presidente da Subseção 2019-2021. Em entrevista ao Justiça no Interior, Leonella falou sobre a sua vitória e o próximo triênio da OAB-Irecê. CONFIRA:

JUSTIÇA NO INTERIOR: O que representou sua vitória?

LEONELLA PEREIRA: O resultado das urnas reflete o esforço feito por todo o grupo ao longo da campanha. O entusiasmo e a confiança dos colegas nos alegra grandemente. Em Irecê, temos um cenário de união, nossa chapa contou com o apoio irrestrito de todos os ex-presidentes e isso foi fundamental para que a campanha tivesse êxito. Embora sendo chapa única na subseção, o empenho de todos foi muito grande, visitamos todas as comarcas da subseção levando nossas propostas e ouvindo as demandas dos colegas. Foram dias de aprendizado e de muita reflexão sobre o que podemos fazer de melhor por nossa classe no próximo triênio.

J.I.: Qual o primeiro passo da futura gestão?

L.P.: Empreender todos os esforços para garantir o que propomos na nossa carta de propostas em campanha e trazer os colegas para participarem da gestão conosco, nas comissões e nos conselhos que a OAB tem assento. Um mandato realizador tem muitos sócios, não se faz sozinho. A OAB é a casa da Advocacia, devemos falar dela de dentro, não com distância. A instituição tem que ter a nossa cara, é nossa meta melhorar essa aproximação e a comunicação entre a instituição e os advogados e advogadas da nossa subseção.

J.I.: Qual será sua postura como presidente?

L.P.: Sou dirigente voluntária na OAB há dois mandatos, como presidente de comissão e agora como vice-presidente. Temos um bom diálogo com a sociedade civil e isso vai continuar, é uma abertura extremamente importante para fazer valer o papel da OAB como defensora da cidadania e da democracia. Levarei com muito carinho as lições aprendidas com nosso atual presidente Jaques Garaffa, que a todo o tempo nos mostra a sua capacidade de liderar e gerir a OAB com responsabilidade, probidade, sem nenhuma vaidade ou pretensões de alcançar benefícios pessoais.

J.I.: Qual será o desafio a ser enfrentado pela advocacia da região?

L.P.: Continuar fazendo os enfrentamentos necessários para melhorar a condição de trabalho da Advocacia na subseção, especialmente em razão da falta de juízes e servidores em inúmeras serventias, bem como atuar de forma intransigente contra eventuais abusos e violações cometidas contra as prerrogativas da advocacia, para defender o desenvolvimento das nossas atividades profissionais de forma livre, digna, altiva, sem renunciar à nossa inegociável autonomia, liberdade e independência.

J.I.: O que é ser mulher advogada e agora presidente?

L.P.: O número de mulheres na advocacia vem crescendo nos últimos anos, tanto que em abril de 2021, o número de advogadas superou o de advogados. Não podemos deixar de pensar sobre os desafios históricos de inserção feminina neste espaço, visto que invisibilizar a questão não fará a desigualdade desaparecer. Andamos muito até aqui, mas ainda há muito a melhorar, por exemplo: mesmo representando mais de 50% das inscrições nos quadros da OAB, as mulheres ainda têm ocupado pouco espaço nas diretorias das subseções e seccionais, e nenhum espaço na diretoria do Conselho Federal (neste mandato). Nas últimas duas eleições na Bahia, ocorreu um crescimento do número de mulheres nas diretorias. A seccional tem uma mulher na presidência pela primeira vez, e em algumas subseções (como Irecê), também aconteceu somente agora. É simbólico especialmente para quem está chegando, é uma abertura que nos faz sentir que também podemos participar dos quadros da instituição, vendo mais jovens e mulheres como dirigentes. A pluralidade moderniza o trato institucional, fortalecendo cada vez mais a OAB e a Advocacia.

J.I.: Qual seu recado para os colegas?

L.P.: Que o clima de entusiasmo que tomou conta de todos os ambientes da nossa sede no dia da eleição se estenda por todo o nosso mandato, pois é isso que queremos: andar juntos e fortalecer cada vez mais a Advocacia da nossa Subseção e a entidade que nos representa. Espero poder contar com a colaboração maciça dos colegas nas nossas comissões, pois um bom mandato se faz a muitas mãos. Em nome da nossa chapa, agradeço pelo comparecimento de 82% dos eleitores aptos e pela votação expressiva que recebemos!


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