Foto: Reprodução
Por Justiça no Interior
A Polícia Civil concluiu as investigações da morte da cigana Hyara Flor, de 14 anos. Segundo os depoimentos colhidos, o cunhado da vítima, de 9 anos, atirou de forma acidental na jovem, quando brincavam com a arma no quarto dela.
O Justiça no Interior teve acesso ao inquérito policial, que ficou sob responsabilidade da Delegacia Territorial (DT) do município de Guaratinga, com o apoio da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis).
Segundo o documento, 16 depoimentos foram coletados. Entre eles, de duas crianças que prestaram depoimento especial com a presença de promotor de Justiça da Promotoria da Infância e da Juventude do Ministério Público da Bahia.
O inquérito ainda inclui laudos periciais, imagens de câmera de vigilância, documentos e mensagens de celular e redes sociais.
Anteriormente, o marido de Hyara, também de 14 anos, foi apreendido em Vitória, no Espírito Santo, pela Polícia Federal, sob suspeita de ser o autor do disparo. O mandado de busca e apreensão foi expedido pela 1ª Vara Criminal de Guaratinga, onde os dois moravam, “sob a alegação de que o menor praticou ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado (feminicídio)”.
Na decisão foi apontado que existia “indícios suficientes de autoria, visto que as provas coligadas nos autos indicam, com certa dose de segurança, que o adolescente contra o qual se dirige o pleito de internação provisória, investiu contra a vida de Hyara”.
No inquérito, a sogra da adolescente cigana foi indiciada por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo, considerando que a pistola utilizada no crime pertencia a ela. O tio da vítima também foi indiciado por disparo de arma de fogo, referente a tiros deflagrados contra a residência do casal de adolescentes.
O adolescente, ex-companheiro da vítima, foi ouvido por meio de videoconferência pela juíza da comarca de Guaratinga. A sua permanência na internação socioeducativa ficará a cargo do Ministério Público e do Poder Judiciário.
Na conclusão do inquérito, o Delegado de Polícia Civil Paulo Henrique de Oliveira solicitou que seja colhido o DNA do ex-companheiro de Hyara, para comparar com o DNA encontrado na arma que foi utilizada nos disparos contra a jovem.