Foto: Cid Vaz/TV Bahia
Nesta quinta-feira, 02, cinco trabalhadores foram resgatados em situação análoga à escravidão em um galpão de carvoaria, no bairro de Cassange, em Salvador. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, os empregados chegaram a trabalhar mais de 12 horas por dia para produzir até mil ensacamentos, a uma remuneração de dezesseis centavos por saco de carvão.
Ainda de acordo com o MTE, os homens estavam sem registro de contrato de trabalho, nunca tiraram férias e nunca receberam décimo terceiro salário ou qualquer adicional de insalubridade.
Além disso, o local de trabalho não tinha água potável e os funcionários faziam as refeições no mesmo galpão de ensacamento do carvão. O banheiro não tinha porta, pia, assento, nem coletor de lixo, e os homens trabalhavam sem os itens de segurança. Durante o ensacamento do carvão, eles usavam apenas bermudas e chinelos.
Durante o resgate, feito por equipes da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental, 430 sacos de carvão sem o Documento de Origem Florestal foram apreendidos.
Os trabalhadores e o gerente do local foram encaminhados para a Central de Flagrantes, no bairro dos Barris.
Em nota, a Superintendência Regional do Trabalho informou que dois auditores fiscais foram ao local, ouviram os trabalhadores e avaliaram que a situação se caracterizou como trabalho similar à escravidão.
As informações são do G1