Foto: Reprodução/TSE
O uso do nome social por eleitores transexuais e travestis disparou neste ano. A quantidade de pessoas trans que solicitaram a inclusão dessa identificação no título pulou de 9.900 para 37,6 mil em apenas dois anos, aumento de 277% na comparação com o último pleito municipal.
A lista de localidades com eleitores registrados também aumentou. Ao menos um brasileiro está apto a votar com o nome social em 3.245 cidades de todos os estados. Há dois anos, eram 1.973 municípios.
Por resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pessoas não identificadas com o sexo biológico podem incluir no título de eleitor o nome com o qual são reconhecidas socialmente e serem assim tratadas nos locais de votação. Essa parcela, que em sua maioria se identifica com o gênero feminino e tem menos de 30 anos de idade, corresponde a 0,02% do eleitorado, ou 1 a cada 4.156 pessoas habilitadas para o pleito deste ano.
Candidatos trans também podem usar a nova identidade na disputa por cargos eletivos. É difícil, no entanto, traçar um perfil dessas candidaturas, devido a limitações nos dados das inscrições entregues ao TSE. Neste ano, 35 concorrentes informaram um nome social, ante 29 nas últimas eleições nacionais, em 2018, quando a medida entrou em vigor. Isso não significa, contudo, que todos eles sejam transexuais nem que todos os candidatos trans aparecem nesses registros.
As informações são da Folha de São Paulo