O norte do país lidera ranking de não reconhecimento de paternidade
Foto: ARPEN
Por Edilaine Rocha
De acordo com dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), obtidos por meio do Portal da Transparência do Registro Civil, em 2023, 172,2 mil dos 2,5 milhões nascidos no Brasil registraram pais ausentes em suas certidões de nascimento. Esse número é 5% maior do que o registrado em 2022, quando foram 162,8 mil.
O cálculo refere-se a registros de nascimento feitos apenas em nome da mãe, indicando a identidade de um possível pai ao Cartório para dar início aos procedimentos de reconhecimento judicial de paternidade. A identificação pode ser feita também diretamente no Cartório, se caso for voluntária.
O norte do país é líder no ranking de pais ausentes, registrando 10% do total, que diz respeito a 29.323 dos nascidos. O nordeste fica em segundo lugar, com 8% de pais não presentes, sendo cerca de 52.352 nascimentos.
O sul do país é a região com menor porcentagem de pais ausentes no registro. Cerca de 5% dos nascidos no sul não possuem o nome do pai na certidão de nascimento. O sudeste teve a maior quantidade em números absolutos, 57.602 nascidos, correspondendo a 6% do total de nascimentos na região, o mesmo percentual do Centro-Oeste.
Em 2023, 35,3 mil crianças tiveram a paternidade reconhecida, resultando em um aumento de 8% em comparação ao ano de 2022, quando tinham um total de 32,6 mil.
Miguel e Helena estiveram entre os nomes mais escolhidos em 2023.Foram 26,6 mil crianças registradas como Miguel e 24,5 mil Helenas, seguidos por Gael, Theo, Arthur e Heitor.
Com informações do ConJur