Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024
Justiça no Interior

Câmara dos Deputados analisa projeto que cria pensão especial para crianças órfãs em decorrência de feminicídio

Foto: CEphoto/Uwe Aranas/Creative Commons

A Câmara dos Deputados está analisando um projeto de lei que cria pensão especial de um salário mínimo mensal para filhos de até 18 anos que tenham perdido a mãe por conta de feminicídio. 

Para ter direito à pensão, os filhos da vítima deverão estar inscritos no CadÚnico. Deverão ainda comprovar matrícula e frequência escolar mínima em instituição de ensino, estar em dia com o calendário de vacinação e não terem registro de prática de ato infracional, crime ou contravenção penal.

Filhos que estejam cursando ensino superior poderão continuar recebendo a pensão até os 24 anos de idade.

“Nossa preocupação recai sobre os filhos órfãos das vítimas de crimes perpetrados por razões da condição de sexo feminino, quando o crime envolve violência doméstica e familiar, bem como menosprezo ou discriminação à condição de mulher”, explica a autora, deputada Maria Rosas (Republicanos-SP).

Segundo ela, a proposta foi inspirada na Lei 17.851/22, do município de São Paulo, que autoriza a criação do Auxílio Ampara, benefício a ser pago a crianças e adolescentes em situação de orfandade decorrente de feminicídio.

O projeto que tramita na Câmara dos Deputados estabelece ainda que será nomeado um tutor ou curador para receber o benefício nos casos em que o pai ou responsável for autor, coautor ou partícipe do crime de feminicídio.

A pensão especial não pode ser acumulada com outro benefício previdenciário, sendo assegurado o direito de opção por um deles. O recebimento do benefício não prejudica o direito do beneficiário à indenização paga pelo autor do crime de feminicídio.

A proposta será despachada para análise pelas comissões permanentes da Câmara.

As informações são da Agência Câmara de Notícias


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