Quinta-Feira, 9 de maio de 2024
Justiça no Interior

“A OAB Jovem da Bahia é a mais forte de todo o Brasil”, afirma Sarah Barros, presidente do CCJA da Bahia

Foto: OAB-Bahia

Por: Justiça no Interior
O mercado de trabalho para advogados tem tornado-se algo cada vez mais desafiador. Segundo dados da Ordem dos Advogados do Brasil, mais de 1 milhão e 300 mil profissionais são registrados pela instituição, sendo destes, 55 mil, na Bahia. Dessa forma, é possível perceber que a advocacia é um dos mercados mais competitivos.
Nesse contexto está inserido o Conselho Consultivo da Advocacia Jovem (CCJA), um grupo da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção da Bahia (OAB-BA), que trabalha voltado para as necessidades que a jovem advocacia tem no início da carreira.
O conselho jovem da Bahia é o maior de todo o Brasil, tendo 146 membros. Esse fato trouxe para a Bahia o maior evento da advocacia jovem do país, o Encontro Nacional da Jovem Advocacia (Enja), que reuniu mais de 5 mil advogados de todo o país, na capital baiana, no final de 2022.
O Conselho Jovem, mais conhecido como OAB Jovem, possui uma série de projetos que procuram facilitar a inserção do jovem advogado no mercado de trabalho. Em entrevista ao Justiça no Interior, a presidente do CCJA, Sarah Barros, contou um pouco sobre cada um desses projetos, e como eles colaboram para a formação deste novo profissional, com habilidades que, para ela, não são ensinadas nas faculdades de direito.

Segundo o estatuto da OAB, o jovem advogado é aquele que tem até cinco anos de carreira com registro na Ordem. Para o Justiça no Interior, Sarah explica que na Bahia há um grande número de jovens advogados e por isso é possível ter uma pluralidade de novos profissionais. “Isso nos possibilita realizar uma série de eventos e de fato alcançar um público com realidades distintas”, destaca a presidente.
Barros cita o projeto “Central de dúvidas”, como exemplo de trabalho em que são explicadas as principais dúvidas sobre habilidades que o profissional não aprende na faculdade. “Esses vídeos estão sendo postados no Youtube e no Instagram para que quando essa pessoa pesquise, a resposta esteja lá”.
Sarah Barros ainda contou sobre outro projeto da OAB Jovem, o “Audiência Simulada”, que consiste em simular uma audiência com juízes, promotores e advogados, onde o objetivo é mostrar aos jovens como funciona esse procedimento judicial. “Nós trazemos professores que vão explicando tudo, como em um passo a passo, pois acreditamos que o assistir, sem ter a explicação, não vai ter muita valia. Na faculdade a gente aprende a parte teórica, mas a parte prática da advocacia a gente só aprende fazendo”, completa.
A presidente do Conselho jovem também nos contou sobre projetos futuros que a OAB Jovem baiana pretende executar neste ano. “Tivemos a nossa primeira sessão no dia sete, onde planejamos muitos outros projetos para 2023”. Entre as principais iniciativas, a advogada destaca o “Incubadora Jurídica”, que tem a intenção de treinar jovens advogados em diversas áreas para fomentar criação de escritórios de advocacia e assim, ao fim do projeto, os jovens advogados que participarem, finalizam o curso com associados e seus próprios escritórios.
Durante a entrevista, Sarah Barros também destacou a importância da atuação no interior do estado. Ela pontuou que todos os projetos realizados pela seccional são replicados, de acordo com a necessidade, nas subseções regionais. “A gente tem esse cuidado, para que o pessoal do interior consiga participar e que cada produção se adeque a necessidade de cada subseção”.
Na entrevista, Barros também comentou sobre a realização do Encontro Nacional da Jovem Advocacia (Enja), realizado pela primeira vez na Bahia. Ela confessa que a diretoria sentiu um pouco de ansiedade, pois a edição anterior aconteceu no Rio de Janeiro, antes da pandemia de Covid-19. “Quando nós vimos uma quantidade muito grande de pessoas vindo de diversos estados do Brasil, principalmente das delegações, e representantes de todos os estados, nós vimos que a gente conseguiu alcançar um número muito grande de participantes, entre advogados, bacharéis e estudantes e reunir grandes nomes do direito que a jovem advocacia nunca esperou ter contato”.


A presidente do CCJA ressaltou que o diferencial do evento baiano foi dar destaque à jovem advocacia. “Nós colocamos todos os presidentes jovens de todos os estados e alguns do interior para palestrar. Isso nos proporcionou que a visão da jovem advocacia também fosse apresentada nas palestras. Esse foi um evento feito, de fato, de jovens para jovens advogados”.
Por fim, a entrevistada reiterou a importância da jovem advocacia, declarando que a classe hoje é valorizada nacionalmente. “Após 18 anos de realização do Enja, trouxemos ele pela primeira vez para a Bahia, isso é uma demonstração de força, de confiança e representatividade. Hoje eu posso dizer, sem sombra de dúvidas, que a OAB Jovem da Bahia é a mais forte de todo o Brasil. Não só pela quantidade de pessoas, mas também pela qualidade dos projetos e principalmente pelo acolhimento à jovem advocacia”, completa.
Os eventos e cursos que são oferecidos pela OAB, são abertos para todo o público jovem do âmbito jurídico. Inclusive bacharéis e estudantes de direito. “O mercado de trabalho não é fácil, principalmente para quem nunca atuou, mas o que a gente busca é trazer esse jovem advogado para dentro da OAB, para que ele consiga aprimorar essa prática do dia a dia”, aponta Sarah Barros.
Para fazer parte do Conselho Consultivo da Jovem Advocacia da Bahia, o jovem advogado deve assistir a 3 sessões seguidas ou a 5 intercaladas. A partir disso a seccional envia o nome dele para ser publicado e já pode fazer parte dos grupos de trabalho do Conselho.


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