Sexta-Feira, 18 de outubro de 2024
Justiça no Interior

Operação cumpre mandados de prisão em Porto Seguro e região

Foto: Reprodução

A pedido da Polícia Militar, Ministério Público investiga participação de capitão em esquema criminoso.

Na manhã de quarta-feira, 24 de julho de 2024, foi deflagrada a Operação Sordidae Manus, que resultou na prisão preventiva de duas pessoas, incluindo um oficial da Polícia Militar, suspeitos de integrar uma organização criminosa. Essa organização extorquia empresários e comerciantes na região de Porto Seguro, oferecendo proteção contra ações policiais em troca de valores e vantagens indevidas.

A operação foi conduzida por uma ação integrada envolvendo o Ministério Público estadual, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Sul), a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), a Polícia Militar, a Corregedoria da PM (Correg), e a Força Correcional Especial Integrada (Force/Coger).

Além das prisões, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Eunápolis e Ilhéus, incluindo a residência do PM e sedes de empresas. Os mandados foram expedidos pela Vara de Auditoria Militar de Salvador e pela Vara Criminal da Comarca de Santa Cruz de Cabrália. O inquérito criminal, iniciado por uma denúncia da própria Polícia Militar, está sob a responsabilidade da Promotoria de Justiça de Santa Cruz Cabrália.

Segundo as investigações do Gaeco, o oficial seria o líder da organização criminosa, recebendo dinheiro de empresários, comerciantes, pessoas envolvidas em disputas de terras e políticos locais. Em troca, ele supostamente omitia ou atrasava suas funções policiais, além de alertar comerciantes sobre operações da Polícia Militar para evitar abordagens e apreensões.

O capitão está sendo investigado por diversos crimes, incluindo prevaricação, associação criminosa, corrupção passiva, concussão, ameaças, receptação, extorsão, lavagem de dinheiro e peculato. Comerciantes da região também estão sendo investigados por corrupção ativa. O material apreendido será analisado pelo Ministério Público e, posteriormente, enviado para perícia.

Com informações da Secretaria da Segurança Pública da Bahia.


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