Sexta-Feira, 29 de novembro de 2024
Justiça no Interior

SANTO AMARO: Petrobras é condenada a indenizar funcionário que foi impedido de sair do local de trabalho

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região condenou a Petrobras a indenizar um funcionário por danos morais, no valor de R $10 mil, devido ao excesso de jornada e à violação dos limites mínimos dos períodos de descanso. De acordo com os desembargadores,  o empregado provou no processo que foi impedido de estabelecer uma rotina regular de vida, tendo sido obrigado, inclusive, a permanecer na empresa por 13 dias seguidos em novembro de 2015. 

O recurso, relatado pelo desembargador Alcino Felizola, reformou a sentença de 1º Grau. De acordo com o acórdão, o descumprimento de obrigações trabalhistas, ainda que daquelas dignas de proteção constitucional, como a limitações à jornada de trabalho, não gera, por si só, dano moral indenizável. “É preciso, pelo menos, que a falta se reitere no tempo, ou que se prove a repercussão na vida social e familiar do empregado. Só nestas hipóteses, como no caso específico, o ato ilícito causará dano aos direitos da personalidade, aos direitos fundamentais ou à dignidade do trabalhador”, argumentou.

O magistrado relatou no acórdão que o petroleiro deveria ter encerrado seu expediente às 7h do dia 1º de novembro de 2015, mas só teve permissão de sair do local de trabalho às 23h59 do dia 13 de novembro seguinte. “Entendo que a imposição de jornada extenuante e, principalmente, a circunstância do empregado sem aviso prévio ter sido obrigado a permanecer na empresa por 13 dias seguidos evidencia ofensa à sua dignidade”, comentou o relator.

“O novo Código Civil não traz critérios objetivos para a quantificação da indenização por dano moral, impondo ao magistrado a sua fixação por arbitramento, aplicando a equidade no caso concreto, com a análise da extensão do dano, das condições socioeconômicas dos envolvidos e do grau de culpa do agente, de terceiro ou da vítima”, lembrou o  relator. 

Por fim, na visão dos desembargadores, deve-se ponderar que a Petrobras se encontrava em situação excepcional, diante da deflagração de greve da categoria. “Assim, considerando o nível econômico do empregado e a capacidade financeira da empresa, condeno esta ao pagamento de indenização por danos morais no importe de R$10 mil”, finalizou o desembargador Alcino Felizola.

CONFIRA A DECISÃO

As informações são do TRT5

“Estamos conquistando espaços inéditos”, diz Aléssia Tuxá, primeira indígena Defensora Pública da Bahia

Foto: Arquivo Pessoal

Por: Justiça no Interior

Na segunda-feira, 20 de junho, tomou posse como Defensora Pública do Estado da Bahia a advogada Aléssia Pâmela Bertuleza Santos. Ela é a primeira indígena a assumir essa função na instituição. Integrante da comunidade Tuxá, do município de Rodelas, no Norte da Bahia, Aléssia foi aprovada em 7º lugar no VIII concurso para a DPE-BA. 

Aos 30 anos, a jovem entra na carreira de Defensora com uma turma de 19 colegas. Ela teve a segunda maior pontuação do exame de arguição oral do concurso. Aléssia  formou-se em Direito pela Universidade Estadual de Feira de Santana e tem Mestrado em Direito pela Universidade Federal da Bahia. 

Em entrevista ao Justiça no Interior, ela afirmou que entrar na Defensoria foi realizar um sonho que surgiu ainda na graduação. “Quando estagiei na Defensoria Pública do Estado da Bahia passei a compreender a importância da instituição em nossa sociedade, mas foi como servidora que veio a decisão de prestar concurso para Defensoria Pública. A Defensoria exerce a função de guardiã dos direitos dos vulneráveis e, além de ter uma atuação judicial, atua extrajudicialmente, sendo um importante ator na luta pela efetivação de direitos”. 

Foto: DPE-BA

No momento, Aléssia e os demais defensores e defensoras empossados em 20 de junho, estão passando pelo curso de formação que faz parte do processo de ingresso de novos membros na carreira. Durante dois meses, os profissionais participam de discussões teóricas e são colocados em prática conhecimentos importantes para a atuação na DPE-BA

Antes de entrar para a carreira de Defensora, Tuxá trabalhou durante 4 anos em escritórios de advocacia, durante pouco mais de 3 anos foi servidora da DPE-BA , atuou como professora universitária e prestando consultoria jurídica aos Professores Indígenas da Bahia.

Como primeira indígena a ascender a carreira, Aléssia destaca que a sua conquista não é pessoal. Por isso, fez questão de entrar na cerimônia de posse com seu cocar. “Para nós, povos indígenas, estarmos numa instituição como a Defensoria na condição de membro – e não apenas como assistido – demonstra que estamos avançando, estamos conquistando espaços inéditos mesmo em tempos difíceis como o atual. Essa aprovação representa também a comprovação do sucesso de medidas de reparação histórica, como a política de cotas de acesso ao ensino superior”.

Foto: Arquivo Pessoal

Porém, ela aponta que ainda falta representatividade para os indígenas em vários setores da sociedade, onde o povo indígena sofre com violações de direitos e são vêem suas demandas serem atendidas. Ela pontua que sua presença nos quadros da DPE-BA, mostra-se um precedente histórico para todo o sistema jurídico do Brasil. 

“A conquista de direitos pelos povos indígenas é sempre fruto de um processo de lutas e a busca pela efetivação desses direitos também. Então, a ampliação das oportunidades de acesso aos cargos públicos demanda tanto a ampliação do acesso ao ensino superior como o fortalecimento dos debates sobre a importância de representatividade, dentro de uma perspectiva onde se compreenda que as políticas afirmativas não são uma benesse, um favor, mas sim medidas de reparação que visam mitigar a exclusão historicamente imposta aos Povos Indígenas. Além disso, assim como a atual ocupação deste espaço por nós é consequência da luta de muitas mulheres e homens indígenas que nos antecederam, nós temos a responsabilidade de preparar o caminho, abrir portas, para que outros indígenas possam ter ainda mais oportunidades”, finaliza. 

Pedido pode reincluir imunidade profissional no Estatuto da Advocacia

Foto: OAB-BA

No dia 03 de junho de 2022, entrou em vigor a Lei nº 14.365, que alterou o Estatuto da Advocacia. Porém, o texto trouxe alguns aspectos que desagradam a categoria. A OAB definiu como “falha na técnica legislativa” a revogação dos parágrafos 1º e 2º do artigo 7º, que garantiam a imunidade profissional ao advogado em relação às manifestações que fizer no exercício de sua profissão.

O entendimento da Ordem dos Advogados do Brasil foi acolhido pelo Deputado Lafayette de Andrada, relator do projeto. Em ofício enviado enviado ao Senado Federal, na terça-feira, 28, o deputado afirmou que “trata-se de construção equivocada do art. 7º, pois o texto do substitutivo dava nova redação aos § 1º e 2º do referido artigo quando, na verdade, pretendia-se incluir novos parágrafos ao dispositivo com a manutenção do conteúdo dos § 1º e 2º então vigentes”.

Na justificativa, o relator disse que a sobreposição de fato não ocorreu porque, em termos de técnica legislativa, quando um texto de alteração é muito distinto do vigente, a praxe da Casa é a de revogar o texto vigente e incluir o aprovado numa nova numeração, exatamente para não haver eventual remissão equivocada.

Todavia, como os § 1º e 2º do substitutivo apresentavam temática diversa dos § 1º e 2º vigentes, a CCJC revogou os parágrafos da lei. Assim, solicitou a correção dos autógrafos enviados ao Senado para as devidas providências de republicação pelo Poder Executivo.

CONFIRA O OFÍCIO 

Com informações do Migalhas 

TJBA realiza primeira sessão de julgamento totalmente no Plenário Virtual

Foto: TJBA

Desde a segunda-feira, 27, a 1ª Turma da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia está realizando a primeira sessão de julgamento 100% online, o chamado Plenário Virtual. A iniciativa, realizada por meio da plataforma do Processo Judicial Eletrônico (PJE), foi criada pela Emenda Regimental de nº 07/2021. 

A ferramenta dispensa a participação presencial dos advogados, membros do Ministério Público e Defensoria Pública, e dos desembargadores nas sessões de julgamento. De acordo com o TJBA, “a implantação do Plenário Virtual teve fundamental importância na consolidação da modalidade eletrônica de julgamento”.

Durante a sessão, com duração de cinco dias úteis, é possível que as partes incluam arquivos e apresentem sustentações orais, que serão visualizadas a qualquer tempo pelos magistrados votantes.

“As partes e procuradores poderão acompanhar os resultados, na medida em que cada desembargador profere o seu voto, por meio do link do Plenário Virtual”, destaca o Tribunal.

A sessão  da 1ª Turma da Primeira Câmara Criminal do TJBA segue até o dia 01 de julho. Já estão agendadas sessões da Quinta Câmara Cível, 30/06, Primeira Câmara Cível,  04/07 e do Tribunal Pleno, 05/07.

Com informações do TJBA

Julgamentos por feminicídio cresceram quase 200% no Brasil

Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Em 2021, quase 2 mil casos de feminicídio e tentativa de assassinato de mulheres  foram levados a julgamento por Tribunais do Júri, segundo um levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O número é 193% superior ao de 2020, quando foram realizados 683 julgamentos.

Os dados são do Monitoramento da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, ferramenta disponibilizada pelo CNJ, que tem como objetivo analisar a produtividade do Judiciário.

Segundo o mesmo estudo, os registros de casos estão aumentando – apesar de haver uma conhecida subnotificação já que muitas das vítimas temem retaliações dos seus parceiros, vergonha ou medo de não ter condições de cuidar sozinhas dos filhos.

De acordo com o levantamento, os casos de feminicídio que chegaram à Justiça aumentaram 18,75% – de 1.600 em 2020 para 1.900 em 2021. Os novos processos de violência contra a mulher subiram 12,6% – de 560 mil para 631 mil.

A promotora de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), Sara Gama, disse que a violência contra a mulher gera prejuízo de cerca de R$ 1 bilhão para o país. Segundo ela, a pesquisa foi feita pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em 2016.

O país perde – foi (feita pesquisa) por amostragem com as nove capitais do Nordeste – R$ 1 bilhão ao ano. É jogado no lixo (o dinheiro) em razão da violência contra as mulheres, porque as mulheres acabam saindo do mercado de trabalho, acabando tendo que ser sustentada pela Previdênica Social, quando não morrem e legam pensões que a Previdência vai ter que pagar para os filhos. Nós também pagamos por isso“, disse Sara Gama, em entrevista à Rádio Metrópole.

A promotora declarou ainda que as mulheres também têm sido vítimas de violência em contextos públicos, e não apenas no privado. “97% das mulheres, que usam o transporte coletivo, se queixam de ter sofrido algum tipo de importunação sexual“, ressaltou.

As informações são do Metro 1

TRE-BA cria banco de dados de mulheres juristas

Foto: Uol

A Comissão de Participação Feminina do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) lançou, na segunda-feira, 27, o Cadastro de Mulheres Juristas. O sistema atende a determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), prevista na Resolução 418/2021. O cadastro, chamado de Repositório Digital de Juristas, será um banco de dados aberto para ampliar a participação feminina em eventos jurídicos. 

Através do banco, órgãos públicos, empresas privadas e organizações da sociedade civil poderão acessar uma relação de mulheres com diversas especialidades do Direito para participarem de palestras, cursos e eventos diversos. A inscrição é feita de forma espontânea pelas mulheres, tendo como único requisito possuir um currículo lattes. O contato com as juristas será feito pela plataforma. 

Não é somente sobre contratar mulheres. É sobre contratar ou convidar para falar sobre um assunto específico. Por exemplo: localizar mulheres juristas aptas a falarem sobre propaganda eleitoral. Esse cadastro será um filtro para os órgãos públicos. Isso é muito importante, pois há uma dificuldade na identificação de mulheres especialistas nas diversas áreas do Direito para participação dos eventos”, afirma Amanda Bretas, coordenadora da Escola Judiciária Eleitoral da Bahia (EJE-BA). 

A coordenadora ainda pontua que a iniciativa é de grande relevância por não limitar a participação das mulheres em eventos somente para abordar temáticas relacionadas ao universo feminino. “Essa é uma grande oportunidade para se dar mais voz para essas mulheres e para que as pessoas possam conhecê-las e ingressar mais ainda no meio acadêmico”, avalia.

 As informações são do TRE-BA

DPE define normas para Mulheres entregarem bebês para doação

Foto: Unsplash

A Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA) instituiu portaria administrativa definindo o fluxo de recepção e acolhimento de mulheres grávidas que visam entregar seus bebês para adoção. A regulamentação administrativa foi publicada em 16 de junho e difunde diretrizes de atenção humanizada para evitar situações de discriminação.

A entrega de bebês para adoção é um procedimento legal no Brasil e está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – lei nº 8.069/1990. O ECA garante a mulheres grávidas ou parturientes que não têm condições ou não desejam ficar com as crianças que possam encaminhá-las para a adoção.

De acordo com a defensora pública e coordenadora da Especializada dos Direitos da Criança e do Adolescente da DPE-BA, Gisele Aguiar, a regulamentação administrativa se fazia necessária para inscrever e difundir dentro da própria Instituição as orientações de atenção humanizada, evitando e impedindo situações de discriminação.

Abandonar é crime, mas a entrega voluntária não. A entrega voluntária é um direito da mulher. E esta mulher precisa de acolhimento e não de julgamento. Ela não pode sofrer nenhum tipo de discriminação em virtude de sua decisão. Já a criança tem o direito a ter família, seja no seio da família desta mulher, seja em uma família substituta”, assinala Gisele Aguiar.

Segundo a portaria, publicada no dia 16 de junho, ficarão estabelecido que a assistência prestada pela Defensoria à gestante ou parturiente deve ser marcada por escuta qualificada, entrevista psicossocial, modelo e sigilo quanto às informações recebidas.

Em janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça da Bahia publicou provimento conjunto onde também estabeleceu diretrizes para o atendimento dos casos de entrega voluntária que chegam às Varas da Infância e da Juventude. Pela norma, os setores técnicos destas Varas devem sempre realizar entrevista pessoal com a genitora e, na falta de resistência desta, ouvir seus familiares avaliando a possibilidade da criança permanecer na família extensa (formada por parentes próximos com os quais a pessoa mantém vínculos de afinidade e afetividade, como tios e avós).

Além disso, confirmado o desejo de entrega da mulher, as [principais] audiências com o juiz devem contar obrigatoriamente com a presença de representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública, estes últimos nos casos onde não há advogado constituído ou nomeado. As genitoras devem ainda estar cientes de que, após concluídos processos e prazos para adoção, a entrega se torna irrevogável, ao tempo que podem se arrepender da entrega voluntária enquanto não houver decisão judicial final.

As informações são da DPE-BA

Advogados e membros do MP devem se cadastrar para acesso aos prédios do TJBA

Foto: TJBA

Por: Justiça no Interior

Até o dia 06 de julho de 2022, advogados públicos e privados e membros do Ministério Público devem efetuar o cadastramento para entrar em todos os prédios do Poder Judiciário do Estado da Bahia. A determinação atendeu o art. 14 da Resolução n. 435, de 28 de outubro de 2021. 

Segundo o TJBA, o cadastramento será realizado por meio da “captura de fotografia do profissional, no registro do número da identidade de classe ou funcional e no registro do CPF”. Com esse cadastro, basta o profissional se identificar na recepção dos prédios do Tribunal, onde receberá o crachá “e, assim, ingressará nas unidades que já estão com os equipamentos de controle de acesso e fluxo”

O cadastramento está sendo realizado até 06 de julho na sede do Tribunal de Justiça (CAB), Fórum Regional do Imbuí, Fórum Criminal Des. Carlos Souto e Fórum Ruy Barbosa.

“A partir de 25 de julho de 2022, não será permitida a entrada nos locais em que já estiver instalado o controle de acesso, sem o devido cadastramento e a identificação”.

Com informações do TJBA 

MIGUEL CALMON: MP aciona Inema para suspender concessão do Parque Estadual das Sete Passagens

Foto: Divulgação 

O Ministério Público da Bahia ajuizou ação civil pública, na quarta-feira, 22, contra o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para que suspenda o processo de concessão à iniciativa privada do Parque Estadual das Sete Passagens, no Município de Miguel Calmon.

Na ação, o MPBA também acionou o Estado da Bahia e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo a promotora de Justiça Luciana Khoury, “a forma como a implantação do referido projeto de concessão do Parque Estadual das Sete Passagens está ocorrendo não tem garantido a verdadeira participação e a soberania popular, inclusive desrespeitando um dos elementos primordiais de acesso à informação”, destacou.

Na ação, o Ministério Público requer, em caráter liminar, que a Justiça suspenda o processo destinado à concessão de serviços de apoio e visitação de atrativos e instalações na referida Unidade de Conservação de Proteção Integral, evitando assim o avanço do processo de concessão para a fase de publicização do edital, antes de sua regularização mediante a realização da consulta prévia informada e audiência pública com a garantia da participação popular. 

O MPBA requer também que os acionados sejam obrigados a disponibilizar todos os documentos técnicos e estudos relativos ao processo referente à concessão do Parque Estadual Sete Passagens à iniciativa privada; que realizem diagnósticos e estudos de impactos diante da proposta de concessão; que realizem consulta prévia com as comunidades tradicionais afetadas garantindo o direito de participação ativa; e que realizem audiência pública com ampla participação e divulgação previa para a população.

Além disso, os acionados não devem realizar qualquer intervenção no Parque Estadual Sete Passagens até que os estudos técnicos que justificaram a tomada de decisão do poder público, sobretudo os estudos ambientais, sejam, integralmente, disponibilizados para a devida apreciação da sociedade civil, sobretudo das comunidades tradicionais da localidade. “Sem direito a serem ouvidas, as comunidades realizaram mobilizações populares para se oporem à concessão, que ocorreram sem a presença dos acionados, os quais se restringiram apenas a publicizarem uma decisão tomada sem espaço para manifestação das comunidades afetadas e população em geral. O Parque, além de possuir relevância ecológica, com alta diversidade da flora e fauna, trata-se de uma Unidade de Conservação que visa a preservação dos recursos hídricos, que garantem o abastecimento de água para a população local e para atividades agropecuárias”, ressaltou a promotora de Justiça Luciana Khoury.

CONFIRA A AÇÃO

As informações são do MPBA

EUNÁPOLIS: TJBA suspende pagamentos do Pedrão 2022

Foto: Divulgação 

Por: Justiça no Interior 

O juiz de Direito Benício Mascarenhas Neto, da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia, determinou na terça-feira, 28, que o município de Eunápolis, sul da Bahia, suspensa, até que a gestão comprove os gastos com a festa, o processo de pagamento com estrutura, iluminação, hospedagens e buffet do “São João se Encontra com Pedrão em Eunápolis 2022”, que começa nesta quarta-feira, 29, e segue até o domingo, 3 de julho.

A decisão do magistrado atende ao agravo de instrumento com pedido de antecipação de tutela contra a decisão da 1ª Vara de Fazenda Pública de Eunápolis, que indeferiu o pedido do Ministério Público do Estado da Bahia para que o município de Eunápolis suspendesse os pagamentos dos contratos relativos ao Pedrão que excederem o valor total de R$ 3.664.000,00.

Segundo Ministério Público da Bahia, o município de Eunápolis, através da Secretaria Municipal de Esportes, Juventude, Cultura e Lazer, decidiu realizar os festejos juninos “sem o devido planejamento e programação de recursos orçamentários e financeiros para tal fim”.

O MPBA também pontuou que a Lei Orçamentária Anual de Eunápolis para a realização de eventos culturais e artísticos em 2022 é de R$ 3.664.000,00, com suplementos de verbas nos valores de R$ 162.000,00 e de R$ 351.775,00, insuficientes para custear as despesas dos festejos juninos que já atingem R$ 7.234.133,02.

Por sua, a Prefeitura municipal destacou que o Pedrão é uma tradição da cidade e vai injetar cerca de RS 50 milhões na economia do município com o aquecimento do comércio local e a circulação de turistas. A outra expectativa é de uma arrecadação municipal de cerca de RS 5 milhões com os festejos juninos. E a geração de 5 mil empregos temporários.

O juiz Benício Mascarenhas Neto deu prazo de 24 horas para que a prefeitura apresente a documentação comprovando que as despesas com o Pedrão estão dentro do limite orçamentário do município para gastos com eventos culturais e artísticos. Em caso de descumprimento, o município pode pagar multa diária de R$ 50 mil.

Com informações do Bahia Notícias